O teste ergoespirométrico é um teste que fornece alguns parâmetros para serem utilizados no programa de treinos.
Em corredores, o teste em geral é realizado em esteira, e o avaliado coloca um analisador de gases na boca, que verificará as diferenças entre entrada e saída de O2 e CO2. Existe a possibilidade de realizar este teste em pista de atletismo, o que traria resultados mais precisos, mas o teste realizado desta forma ainda está mais restrito a pesquisas científicas.
O avaliado é submetido a um protocolo de esforço progressivo, onde em intervalos de tempos regulares há um incremento na intensidade, seja aumentando a velocidade ou a inclinação (o que não é o ideal). O teste deve prosseguir até o avaliado dar um sinal de que chegou ao seu limite.
Como dados importantes para a prescrição do treinamento, o teste fornece as velocidades e a freqüência cardíaca correspondentes ao limiar aeróbio, anaeróbio e VO2 máximo.
Porém na prática, são poucos os laboratórios que estão realizando o teste com bons protocolos.
Por vezes, por não terem uma esteira que seja suficientemente veloz para atletas intermediários e avançados, os avaliadores inclinam a esteira, perdendo o parâmetro de intensidade para aplicação no treinamento. Por exemplo, o resultado do teste pode indicar que a intensidade do limiar aeróbio do avaliado é de 10km/h com 5% de inclinação, o que na prática perde a efetividade, pois os treinos em sua maior parte são realizados em percursos planos.
Ocorre ainda que, para terminar o teste mais rápido, alguns avaliadores incrementam a velocidade em 1km/h a cada 30s, o que é muito pouco tempo para o organismo se adaptar, e quando organismo se adapta à velocidade, indicando a passagem entre limiares ou ao Vo2máx, a velocidade já é outra, e assim os parâmetros são superestimados claramente.
É possível utilizar a freqüência cardíaca como parâmetro dos limiares e Vo2 máx, mas esta não é uma ferramenta de controle de intensidade tão precisa como a velocidade de limiares e de Vo2 máx, pois durante um treino devido a transpiração, há alteração na volemia (volume de sangue) o que interfere na freqüência cardíaca, mas isto é assunto para um próximo post.
O teste ergoespirométrico, não é muito indicado para corredores iniciantes, pois estes melhoram seu desempenho rapidamente, e em pouco tempo de treinamento, os parâmetros adquiridos no teste estarão defasados.
Portanto, antes de realizar um teste ergoespirométrico, procure saber com outros corredores sobre a qualidade do teste e se for preciso, converse com o avaliador sobre como será o protocolo de teste.
Esta semana coloco um vídeo que vi recentemente no you tube, que trás uma mensagem muito legal.
Boas corridas!
O meu cardiologista pediu para eu fazer, mas só tem em São Paulo este exame. Aí fica ruim para mim...mas um dia, eu farei!
ResponderExcluirValeu professor!
Abraços!!!
Eu fiz esse exame superinteressante gostei meu vo2 foi 23,5.
ResponderExcluirOlá Márcio, o teste ergoespirométrico também verifica a atividade do coração assim como um teste ergométrico, e tem a vantagem de fornecer parâmetros para intensidade de treinamento o que o torna mais interessante para corredores.
ResponderExcluirAbraço
Olá Anderson,
ResponderExcluircomo você fez o teste em bike, seria mais interessante fazê-lo em esteira por ser mais específico para corredores.
Abraço
Muito bom o blog e a matéria sobre o teste.
ResponderExcluirJá estou seguindo o seu blog.
Um abraço,
Jorge Cerqueira
www.jmaratona.com
Olá Jorge, fico feliz que tenha gostado do blog.
ResponderExcluirAcompanharei também seu site.
Abraço
Boa Augusto
ResponderExcluirEu tinha lido aqui, fui procura meu Ergo para ver o numero e comentar, mas até hoje não achei. hehe
Valeu pelo apoio na Campanha!
Abraço
Colucci
@antoniocolucci